30 junho, 2013
27 junho, 2013
23 junho, 2013
17 junho, 2013
MENSAGEM DE SEXTA FEIRA
caros irmãos
É com grande satisfação que estou aqui para transmitir algumas palavras : Sedes como Jesus ensinai
Amai ao próximo como a si mesmo!
O próximo é sempre aquele que estamos em contato neste momento.
É muito dificil se colocar no lugar do próximo.
Muitas vezes, no dia-a-dia não pensamos desta forma, somente nos preocupamos com nossas necessidades e nossos anseios.
A felicidade esta em entender-mos e aceitar-mos cada momento, cada fase e aprender que tudo faz parte da nossa evolução! Precisamos abrir mais a nossas mente e perceber que todos realmente são importantes e não somente aqueles que julgamos ou temos mais afinidades.
Entendam que o caminho é aceitar e trabalhar para a evolução de todos, inclusive aquelas pessoas que julgamos sem condições de encontrar o caminho. Talvez estas são as que mais precisam de nossa ajuda.
Fiquem todos com a paz de Jesus.
João de Arruda
Att,
Gerson
09 junho, 2013
DALAI LAMA
CONHECIMENTO E COMPAIXÃO
A mente humana é
simultaneamente a fonte e, se orientada de forma apropriada, a solução de todos
os nossos problemas. Os que adquirem grande erudição mas não têm bom coração
correm o risco de serem atormentados por ansiedades e inquietações que resultam
de desejos que não podem ser realizados. Inversamente, a compreensão genuína
dos valores espirituais tem o efeito oposto. Quando educamos nossas crianças
para adquirirem conhecimentos sem compaixão, é muito provável que sua atitude
para com os outros venha a ser uma combinação de inveja daqueles que ocupam
posições superiores às suas, competitividade agressiva para com seus pares e
desdém pelos menos afortunados, o que leva a uma propensão para a ganância,
para a presunção, para os excessos e, muito rapidamente, à perda da felicidade.
Conhecimento é importante. Muito mais, porém, é o uso que lhe
damos.
Isso depende do coração e da mente de quem o usa.
Educação é muito mais do que transmitir conhecimentos e habilidades por meio
dos quais se atingem objetivos limitados. E também abrir os olhos das crianças
para as necessidades e direitos dos outros. Precisamos mostrar às crianças que
suas ações têm uma dimensão universal. E precisamos encontrar uma forma de
estimular seus sentimentos naturais de empatia para que venham a ter uma noção
de responsabilidade em relação aos outros. Pois é isso o que nos motiva a agir.
Se tivéssemos de escolher entre conhecimento e virtude, a última seria sem
dúvida a melhor escolha, pois é mais valiosa. O bom coração que é fruto da
virtude é por si só um grande benefício para a humanidade. O mero conhecimento,
não.
Como, porém, ensinar princípios morais às nossas crianças? Tenho a impressão de
que, em geral, os sistemas educacionais modernos negligenciam a discussão de
questões éticas. Isso provavelmente não é intencional, mas um subproduto da
realidade histórica. Os sistemas educacionais seculares foram desenvolvidos
numa época em que as instituições religiosas ainda exerciam grande influencia
em toda a sociedade. Como os valores éticos e humanos eram então e ainda são
vistos como pertencentes à esfera da religião, presumiu-se que esse aspecto da
educação infantil seria atendido durante a sua formação religiosa. E isso
funcionou bastante bem até a influência da religião começar a declinar. Embora
ainda exista, a necessidade não está sendo atendida. Portanto, temos de
encontrar outra forma de mostrar às crianças que os valores humanos fundamentais
são importantes. E também ajudá-las a desenvolver esses valores.
Também não é preciso dizer que aquilo que as crianças aprendem sobre conduta
ética na escola deve antes de tudo ser praticado. Quanto a isso, os professores
têm uma responsabilidade especial. Seu próprio comportamento pode fazer as
crianças lembrarem-se deles pelo resto da vida. Se esse comportamento é
íntegro, disciplinado e bondoso, seus valores ficarão gravados na mente das
crianças, com repercussões em seu comportamento. Porque as lições ensinadas por
um professor com uma motivação positiva (kun long), cujas palavras correspondem ao seu
modo de agir, penetram mais fundo na mente do aluno. Sei disso por experiência
própria. Quando menino, era muito preguiçoso. Mas se percebia afeição e
dedicação em meus mestres, suas lições geralmente calavam mais fundo e com
muito mais sucesso do que nos dias em que algum deles demonstrava aspereza ou
insensibilidade.
No que se refere aos aspectos específicos da educação, deixo a questão para os
especialistas. Vou limitar-me, portanto, a algumas poucas sugestões. A primeira
é que, se quisermos despertar a consciência dos jovens para a importância dos
valores humanos fundamentais, é melhor não apresentar os problemas da sociedade
atual como uma questão meramente ética ou religiosa.
Finalmente, é imprescindível eliminar dos nossos currículos escolares qualquer
tendência para apresentar os outros sob uma ótica negativa, Existem alguns
lugares do mundo em que o ensino de História, por exemplo, promove o fanatismo
e o racismo contra outras comunidades. O que está errado, Não contribui em nada
para o bem da humanidade, Hoje, mais do que nunca, precisamos mostrar às nossas
crianças que as distinções entre "meu país" e "seu país",
"minha religião" e "sua religião" são secundárias. Antes de
tudo, precisamos afirmar com insistência que meu direito à felicidade não tem
mais peso do que o direito do outro. O que não significa que as crianças devam
abandonar ou ignorar a cultura e a tradição histórica do lugar em que nasceram.
Pelo contrário, é muito importante que sejam instruídas nesses fundamentos para
que aprendam a amar seu país, sua religião e sua cultura. O perigo é quando
isso evolui para um nacionalismo estreito, para o etnocentrismo e para a intolerância
religiosa. O exemplo do Mahatma Gandhi é pertinente aqui. Mesmo tendo recebido
uma educação ocidental de alto nível, nunca esqueceu ou se afastou da rica
herança de sua cultura indiana.
Se a educação é uma de nossas armas mais poderosas na campanha para um mundo
melhor e mais pacífico, os meios de comunicação de massa - a mídia - são
outra.
Todos os personagens políticos sabem que hoje não são mais os únicos com
autoridade na sociedade. Além da influência dos jornais e livros, o rádio, o
cinema e a televisão juntos exercem sobre as pessoas uma influência que seria
inimaginável há cem anos. Este enorme poder confere grande responsabilidade a
todos os que trabalham no setor. Mas também confere grande responsabilidade a
cada um de nós que, como indivíduos, escutamos, lemos e assistimos. Nós também
temos um papel a desempenhar. Não somos impotentes diante da mídia. Afinal de
contas, os botões de controle ficam em nossas mãos.
Não estou defendendo aqui noticiários contidos ou distrações insípidas. Ao
contrário, no que se refere ao jornalismo investigativo, respeito e aprecio a
intervenção da mídia. Nem todos os funcionários dos governos são honestos ao
cumprir os seus deveres. É muito conveniente, portanto, que existam jornalistas
com narizes tão compridos quanto trombas de elefante bisbilhotando tudo e
revelando as transgressões que encontrarem. Precisamos saber quando e como essa
ou aquela pessoa famosa esconde um aspecto desconhecido por trás de uma
aparência agradável. Não deve haver discrepância entre a aparência externa e a
vida interior de uma pessoa. É a mesma pessoa, afinal. As discrepâncias
insinuam que não são confiáveis. Ao mesmo tempo, é crucial que os motivos de
quem investiga sejam dignos.
Com relação ao destaque dado pelos meios de comunicação ao sexo e à violência,
há muitos fatores a considerar. Em primeiro lugar, é evidente que grande parte
do público gosta das sensações provocadas por esse tipo de tema. Em segundo,
duvido muito que os que produzem todo esse material contendo muito sexo
explícito e violência tenham a intenção de prejudicar. Seus motivos são com
certeza apenas comerciais. Se isso é positivo ou negativo importa menos na
minha opinião do que se tem ou não conseqüências
éticas saudáveis. Se assistir a um filme violento desperta o sentimento de
compaixão em quem o assiste, talvez aquela representação da violência se
justifique. Se o acúmulo de imagens violentas acaba levando à indiferença ante
o sofrimento, porém, acho que não é recomendável. Endurecer o coração assim é
potencialmente perigoso. Leva facilmente à falta de empatia.
Quando os meios de comunicação se concentram demasiado nos aspectos negativos
da natureza humana, há o perigo de nos persuadirem que a violência e a
agressividade são as principais características do homem. Creio que essa
conclusão é um equívoco. O fato de a violência ter tanto valor como notícia
sugere exatamente o oposto. As notícias positivas não chamam tanto a atenção
porque há um excesso de notícias positivas. Num determinado momento deve haver
seguramente milhões de atos de bondade acontecendo no mundo inteiro. Há sem
dúvida muitos atos de violência sendo cometidos ao mesmo tempo, mas em número
muito menor. Em conseqüência, se
a mídia quiser ser eticamente responsável, deve refletir sobre este simples
fato É claramente necessário que os meios de comunicação sejam regulamentados.
O fato de impedirmos nossas crianças de assistirem a certas coisas indica que
já fazemos distinção entre o que é e o que não é apropriado de acordo com
diferentes circunstâncias. Entretanto, é difícil saber se a legislação é o
melhor caminho para resolver este problema. Em todas as questões de ética, a
disciplina só realmente eficaz quando vem de dentro.
DALAI LAMA
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