19 agosto, 2013

OS NOSSOS MAIORES INÍMIGOS

Certa feita, Simão Pedro perguntou a Jesus:
- Senhor, como saberei onde vivem nossos maiores inimigos? Quero combatê-los, a fim de trabalhar com eficiência pelo Reino de Deus.

Iam os dois de caminho entre Cafarnaum e Magdala, ao sol rutilante de perfumada manhã.
O Mestre ouviu e mergulhou-se em longa meditação.

Insistindo, porém, o discípulo, ele respondeu benevolamente:
- A experiência tudo revela no momento preciso.
- Oh! – exclamou Simão, impaciente – a experiência demora muitíssimo.

O Amigo Divino esclareceu, imperturbável:
- Para os que possuem “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”, uma hora, às vezes, basta ao aprendizado de inesquecíveis lições.

Pedro calou-se, desencantado.

Antes que pudesse retornar às interrogações, notou que alguém se esgueirava por trás de velhas figueiras, erguidas à margem. O apóstolo empalideceu e obrigou o Mestre a interromper a marcha, declarando que o desconhecido era um fariseu que procurava assassiná-lo. Com palavras ásperas desafiou o viajante anônimo a afastar-se, ameaçando-o, sob forte irritação. E quando tentava agarrá-lo, à viva força, diamantina risada se fez ouvir. A suposição era injusta. Ao invés de um fariseu, foi André, o próprio irmão dele, quem surgiu sorridente, associando-se à pequena caravana.

Jesus endereçou expressivo gesto a Simão e obtemperou:
- Pedro, nunca te esqueças de que o medo é um adversário terrível.

Recomposto o grupo, não haviam avançado muito, quando avistaram um levita que recitava passagens da Tora e lhes dirigiu a palavra, menos respeitoso.
Simão inchou-se de cólera. Reagiu e discutiu, longe das noções de tolerância fraterna, até que o interlocutor fugiu, amedrontado.

O Mestre, até então silencioso, fixou no aprendiz os olhos muito lúcidos e inquiriu:
- Pedro, qual é a primeira obrigação do homem que se candidata ao Reino Celeste?

A resposta veio clara e breve:
- Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

- Terás observado a regra sublime, neste conflito? – continuou o Cristo, serenamente – recorda que, antes de tudo, é indispensável nosso auxílio ao que ignora o verdadeiro bem e não olvides que a cólera é um perseguidor cruel.

Mais alguns passos e encontraram Teofrasto, judeu grego dado à venda de perfumes, que informou sobre certo Zeconias, leproso curado pelo profeta nazareno e que fugira para Jerusalém, onde acusava o Messias com falsas alegações.

O pescador não se conteve. Gritou que Zeconias era um ingrato, relacionou os benefícios que Jesus lhe prestara e internou-se em longos e amargosos comentários, amaldiçoando-lhe o nome.

Terminando, o Cristo indagou-lhe:
- Pedro, quantas vezes perdoarás a teu irmão?
- Até setenta vezes sete – replicou o apóstolo, humilde.

O Amigo Celeste contemplou-o, calmo, e rematou:
- A dureza é um carrasco da alma.

Não atravessaram grande distância e cruzaram com Rufo Grácus, velho romano semiparalítico, que lhes sorriu, desdenhoso, do alto da liteira sustentada pelos escravos fortes.

Marcando-lhe o gesto sarcástico, Simão falou sem rebuços:
- Desejaria curar aquele pecador impenitente, a fim de dobrar-lhe o coração para Deus.

Jesus, porém, afagou-lhe o ombro e ajuntou:
- Por que instituiríamos a violência no mundo, se o próprio Pai nunca se impôs a ninguém?
E, ante o companheiro desapontado, concluiu:
- A vaidade é um verdugo sutil.

Daí a minutos, para repasto ligeiro, chegavam à hospedaria modesta de Aminadab, um seguidor das idéias novas.

À mesa, um certo Zadias, liberto de Cesárea, se pôs a comentar os acontecimentos políticos da época. Indicou os erros e desmandos da Corte Imperial, ao que Simão correspondeu, colaborando na poda verbalística. Dignitários e filósofos, administradores e artistas de além-mar sofreram apontamentos ferinos. Tibério foi invocado com impiedosas recriminações.

Finda a animada palestra, Jesus perguntou ao discípulo se acaso estivera alguma vez em Roma.
O esclarecimento veio depressa:
- Nunca.

O Cristo sorriu e observou:
- Falaste com tamanha desenvoltura sobre o Imperador que me pareceu estar diante de alguém que com ele houvesse privado intimamente.

Em seguida, acrescentou:
- Estejamos convictos de que a maledicência é algoz terrível.
O pescador de Cafarnaum silenciou, desconcertado.

O Mestre contemplou a paisagem exterior, fitando a posição do astro do dia, como a consultar o tempo, e, voltando-se para o companheiro invigilante, acentuou, bondoso:
- Pedro, há precisamente uma hora procurava situar o domicilio de nossos maiores adversários. De então para cá, cinco apareceram, entre nós: o medo, a cólera, a dureza, a vaidade e a maledicência... Como reconheces, nossos piores inimigos moram em nosso próprio coração.

E, sorrindo, finalizou:
- Dentro de nós mesmos, será travada a guerra maior.


Do livro Luz Acima Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

12 agosto, 2013

MENSAGEM DE INCENTIVO AOS ALUNOS DO CURSO DE MÉDIUM

É muito comum nas escolas dentro do Centro Espirita não sendo o Maria de Magdala excessão os nossos irmãozinhos na espiritualidade nos fazerem uma surpresa agradavel com uma mensagem de incentivo.
A exemplo disto exponho a mensagem do trabalho de sábado dia 10.08.2013 recebida no curso de médium  para que os interessados possam conhecer e saber com que delicadeza a espíritulidade acompanha o nosso progresso.

Caros irmãos,

Hoje estamos aqui todos reunidos em nome do nosso mestre Jesus.
Quão grande a nossa alegria em velos no trabalho do bem e na busca do amor.
Quão grande a nossa alegria em saber que até aqui chegaram, e que daqui em diante ainda tens um longo caminho a percorrer.
Me sinto emocionada em senti-los firmes nos seus propósitos de estudo e de trabalho. Cada um com o seu compromisso, cada um estimulando a sua vontade.
Sintam-se amparados, acompanhados e protegidos por este plano que se faz presente aqui nesta casa, todos os dias.
Essa casa não se chama Maria de Magdala por acaso. Aquela que amparou os pequeninos, os doentes os sofredores sem julgamentos.
Aquela que amou incondicionalmente seus irmãos.
Aquela que vos abraça aqui neste momento com grande felicidade de saber que estão dando continuidade no trabalho, olhando a todos sem julgamento, cuidando de todos os nossos irmãos, aqueles que ainda sofrem neste mundo.
Sintam-se abraçados amparados e protegidos e amados por esta irmã que aqui está .
Sigam adiante estudando e amando, jamais esquecendo.
Sigam adiante estudando e amando, jamais esquecendo o mandamento daquele mestre que aqui esteve, dizendo:

"Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos." - Pois amando assim não teremos mais dores, nem dificuldades. E assim saberemos que estamos no caminho certo.

Que a paz do mestre Jesus esteja sobre vós e  permaneça para sempre!